Tuesday, November 14, 2006

Notícias do Aqueduto

     «Reconstituir com exactidão as características do abastecimento de água a Setúbal antes do século XV, é tarefa praticamente impossível, uma vez que a documentação até à data publicada ou referenciada em arquivos e bibliotecas é omissa a esse respeito.
     «Certo é que, a população de Setúbal medieval se abastecia com a água dos poços e nascentes abundantes nos terrenos que circundavam o burgo e provavelmente dentro dos seus próprios limites amuralhados.
     «Difícil é também por outro lado, estabelecer com precisão a época em que as Águas das nascentes de Alferrara, começaram a abastecer a então vila de Setúbal, nem a forma como foi concedida ou doada a sua exploração para fins de abastecimento público.
     «Todavia, parece seguro que uma parte da que, em 1487, passou a ser conduzida pelo Aqueduto dos Arcos, já anteriormente chegava à vila, apesar da não existência de canos.


Referência a D.João II e ao aqueduto de Setúbal na Crónica de Rui de Pina. Crédito: blogue Um olhar sobre Setúbal.

     «Depois da construção do Aqueduto dos Arcos e do Chafariz do Sapal em 1487 por determinação de D. João II, a construção de fontes, chafarizes e poços constituiu preocupação dos responsáveis locais que, não raro, souberam aliar ao elemento de utilidade pública um elevado sentido estético.
     «Algumas dessas peças constituem nos nossos dias verdadeiras relíquias do património histórico do Concelho e são exemplo de várias correntes arquitectónicas, como o barroco, o rocócó.
     «Tem assim pouco mais de quinhentos anos a primeira rede de abastecimento público de água a Setúbal, iniciada por decisão régia de mandar construir o Aqueduto dos Arcos, pago com dinheiro do Rei e do Município, que servia o Chafariz do buraco de Água, situado na actual Rua Tenente Valadim, cuja entrada pela Avª 5 de Outubro conserva ainda, embebida no troço da muralha medieval, a mãe d’água que recebia os canos do aqueduto.
     «No século XVIII, o Aqueduto foi alvo de beneficiações, principalmente na época pombalina, o que permitiu tirar um anel de água para abastecer a Fonte de Palhais. Desta fonte partia um anel de água para o Convento das Bernardas.» [...]

Águas do Sado

2 Comments:

At 2:49 pm , Anonymous Anonymous said...

Um contributo para o tema, o passo da Crónica de D. João II, de Rui de Pina, onde é referida a decisão régia:
http://olharsetubal.blogspot.com/2006/11/gua-3.html

 
At 3:53 pm , Blogger Joao Augusto Aldeia said...

Obrigado pela dica.

 

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