Thursday, July 13, 2006

Bocage   
Eu me ausento de ti, meu pátrio Sado,
Mansa corrente deleitosa, amena,
Em cuja praia o nome Filena
Mil vezes tenho escrito, e mil beijado.

Nunca mais me verás entre o meu gado
Soprando a namorada e branda avena,
A cujo som descia mais serena,
Mais vagarosa para o mar salgado.

Devo enfim manejar a lei da sorte,
Cajados não, mortíferos alfages
Nos campos do colérico Mavorte.

E talvez entre impávidas falanges
Testemunhas farei da minha morte
Remotas margens, que humedece o Ganges.

Bocage

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