Concentração
É algo surpreendente este pacote de responsabilidades: uma concentração de poderes nunca vista na autarquia setubalense nos últimos 30 anos. É de estranhar, por exemplo, que o vereador Eusébio Candeias, que no primeiro mandato de Carlos de Sousa teve os pelouros das Obras Municipais e Habitação, não retome o importante sector das Obras, de cuja gestão acumulou bastante experiência, sendo-lhe em geral reconhecida uma gestão competente durante esse período. Eusébio Candeias fica com os pelouros dos Recursos Humanos, Protecção Civil e Bombeiros (incluindo os Sapadores de Setúbal) e Habitação.
É provável que esta concentração tenha a ver com os problemas que levaram o PCP a afastar o presidente Carlos Sousa (que detinha o pelouro das Finanças e Reequilíbrio Financeiro) e o vereador Aranha Figueiredo (Urbanismo). No entanto, como não se sabe que problemas foram esses, é difícil formular uma opinião sobre esta insólita acumulação de funções na presidente da Câmara, algo aparentemente contraditório com o "trabalho de equipa" que o PCP valoriza. O tempo dirá se foi uma boa solução.
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