Os alpendres de betão da Arrábida
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O movimento de contestação à abertura daquela estrada, no início do século XX, acabaria por dar origem à primeira organização ecologista portuguesa: a Liga para a Protecção da Natureza. Nos artigos que tem vindo a publicar sobre as suas férias na Arrábida, João Bénard da Costa, lamenta que a instabilidade daquela zona, agravada com os incêndios dos últimos anos, não tivesse sido aproveitado para o encerramento da estrada - uma ideia interessante.
Mas, nesse caso, para onde iriam os veraneantes tomar banho? Uma solução possível seria a reconstituição das praias ribeirinhas de Setúbal, frente à cidade, no âmbito do Setubal-Polis. No entanto, o mais provável é que vença ali a tendência - já verificada no Parque das Nações - para se construirem ainda mais edifícios, "viabilizando" o financiamento de um-pouco-mais-de-espaço-público betonizado.
Já em tempos se tinha sugerido que o Largo José Afonso (antigo Parque das Escolas) fosse transformado numa marina ou porto de recreio, mas também ali acabou por vencer o betão: mais uma grande praça impermeabilizada, onde se construíu um inútil auditório debaixo de um ridículo pórtico-tipo-Setenave.
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