Desenho de sambinha's.O percurso tem início em Palmela, numa azinhaga que percorre a crista da Serra do Louro; deve segui-la até à Portela (Casal do Moinho Velho), altura em que desce para o Vale de Alcube, onde tomará a estrada do Vale de Barris, em direcção a Palmela. Na maior parte do percurso o piso é de terra batida, com algumas subidas e descidas íngremes. O último troço da estrada do Vale de Barris é alcatroado.
No início do percurso verá os Moinhos do Casal de Sto. Isidro. Interessantíssimos exemplares de arquitectura popular e testemunhos de uma actividade tradicional quase esquecida, os dois moinhos, abandonados durante meio século, foram recuperados em 1996, produzindo desde então pão caseiro (de fabrico tradicional e biológico) num forno de alvenaria, alimentado a lenha e rama de pinheiro.
Na crista da Serra do Louro, aproximadamente 200m a seguir aos moinhos, encontrará, do seu lado esquerdo, o povoado fortificado de Castro de Chibanes. Apresenta vestígios de materiais do Calcolítico, Bronze Final e Ferro; teria sido habitado entre os sécs. III e I a.C. Chibanes comporta-se, pois, como um notável lugar da História. Neste sítio foram erguidos os dois castros que antecedem o castelo do período islâmico e medieval cristão do morro de Palmela. O espólio encontra-se no Museu Nacional de Arqueologia.
Continuando o trilho, encontrará o povoado do Alto da Queimada. Este sítio arqueológico está situado no ponto mais alto da Serra do Louro, com altitude de 224m assinalado com um marco geodésico. Trabalhos arqueológicos mostram que este local teve, pelo menos, ocupação desde o Período Romano até ao séc. XI da nossa era.
Seguindo sempre o trilho a direito, verá os Moinhos da Quinta do Anjo, exemplares semelhantes aos anteriores, mas em pior estado de conservação. Continuando a sua caminhada, chegará ao Cabeço das Vacas, onde deverá seguir o trilho pela sua esquerda, entrando numa zona de extensos pomares e vinhedos que fizeram a fama da Quinta do Anjo.
Passará pelo Moinho da Fonte do Sol, ocupado provavelmente desde o Neolítico Final, com ocupação plena no Calcolítico. Possui um espólio notável de cerâmica campaniforme do grupo de Palmela que se encontra no Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal. Ao chegar ao Casal do Moinho Velho tomará o trilho da esquerda com uma descida suave em direcção ao Vale de Alcube. Este topónimo tem origem árabe (Al-Qubba) – significa “pequena ermida”.
Seguindo agora o trilho em direcção a Palmela, irá dar ao Vale de Barris. O caminho é agora alcatroado e verá um pouco mais adiante à sua direita um morro com uma linda capela de traçado popular, é a capela de Nossa Senhora da Escudeira, palco de uma tradicional e concorrida romaria em meados de Agosto.Alternativa 1 – Seguir o trilho que parte da Serra do Louro e segue para a Quinta do Anjo, onde tem a possibilidade de regressar de transporte público para Palmela). Alternativa 2 – Ao chegar à Portela (Casal do Moinho Velho), tome o caminho que segue pela direita, irá sair em Cabanas, onde poderá tomar transporte público para Palmela ou Azeitão. Alternativa 3 – Ao chegar ao Vale de Alcube, tome o caminho da direita, passando pela Quinta de Alcube e seguindo até ao Alto das Necessidades, podendo aí apanhar transporte público para Setúbal.Fotografias do Flickr: | Serra do Louro | Alcube | | A Serra do Louro é uma zona de afloramento de calcários que proporciona uma flora distinta da existente na restante área do Parque Natural da Arrábida, rica em interessantes plantas da flora mediterrânica. A pastorícia pelos rebanhos de ovelhas da aldeia da Quinta do Anjo também tem contribuído para esta especificidade botânica.
Neste percurso poderá recuar na história e testemunhar o modo de vida das populações anteriores, através de um importante conjunto de achados arqueológicos. Por aqui passaram povos dos períodos neolítico, romano, muçulmano até à actualidade como testemunham as ruínas de muitos povoados pelo alto da Serra do Louro. Por aqui são também visíveis os muito mais antigos bancos de corais e ostras fossilizadas, vestígios de eras em que todo este território se encontrava debaixo do mar. Adaptado do Jornal Público Fotografias de Moinhos Vivos |
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