Abandono e indiferença

O nosso amigo "alfacinha", de Antuérpia, no seu blogue "casa portuguesa", recorda esta casa de Setúbal, a Vivenda de N. S.ª do Carmo, situada na esquina da Av. Dr. Manuel Arriaga com a R. Alferes Pinto Vidigal, frente à estação rodoviária, e pergunta se terá sido "vítima do progresso". Bem, a casa ainda se mantém de pé, mas continua abandonada, tal como continua também o processo da sua gradual destruição.
Como se pode ver por estas fotografias tiradas hoje de manhã, desapareceu a planta que existia junto à entrada e, no painel que representa o proprietário que mandou edificar a casa, já faltam mais alguns azulejos. Por isso, não se pode dizer que a casa esteja a ser "vítima do progresso", mas sim do abandono e da indiferença.
4 Comments:
"Abandono e indiferença" nesta casa, na que se situa ao pé dos belos (que também é muito bonita), nos claustros do mosteiro de jesus, e posso dizer etc etc etc.
Gosto de Setúbal, sinto que é a minha cidade, e estes problemas têm de ser resolvidos. Como é que pode escapar tanta beleza ao olhar de quem "pode"?
É bem verdade. Pode dizer-se que, para além do abandono específico de que certos edifícios emblemáticos são vítimas, há um certo espírito abandono, ou desistência, na cidade.
Olhei com surpresa para estas fotografias, já voltava muitas vezes para procurar mas nunca mais encontrava a casa. Acho que esta mansão antiga tenha charme e faça parte do património da cidade. Obrigado João.
É triste e irónico que há 20 anos, quando andava na escola primária, a professora nos tivesse chamado a atenção para o caso daquela casa, totalmente abandonada e em estado de degradação. Explicava-nos assim o que era o património cultural, a importância dos legados, e que era necessário recuperar e manter para as próximas gerações (na altura éramos nós). O entusiasmo e a fé inocente de criança davam-me a certeza que aquele caso não ía ser deixado assim, que todos estavamos a abrir os olhos, e a tomar uma nova atitude, que em breve aquele e outros casos iriam ser resolvidos! Haja esperança:-) Passados estes anos, sou agora (e AINDA) obrigada pela minha consciência a falar daquele caso aos meus alunos, agora já sou eu a professora, e a explicar-lhes, como o fizeram a mim, que casos daqueles são para salvaguardar, recuperar, e manter para as gerações futuras (a deles)... Pescadinha de rabo na boca.
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