Maria Serrano A contratiempo Forum Municipal Luísa Todi 4 de Novembro de 2006 Espectáculo estreado recentemente em Mairena, terra adoptiva de Maria Serrano, onde foi recebido com enorme êxito. Trata-se de flamenco em toda a sua integridade, rompendo com uma tendência de anteriores produções (FlamenTango, p.ex.) nos quais se fazia uma mestiçagem com outros estilos, tais como o tango e a salsa. Mas, mesmo dentro do flamenco, Maria Serrano não foge a essa sua tendência para a inovação, e por isso, quer no "cante" quer na dança, a tradição e a vanguarda abraçam-se frequentemente. Escutam-se, em simbiose, tangos, farrucas, serranas, bulerías, soleares, tarantas, coplas flamencas, e inclusivamente um peculiar fim de festa onde o trio cantador formado por Inmaculada "La Carbonera", Marga de Jerez e Francisco Rodríguez Ramos não só cantam a plenos pulmões, como se atrevem a marcar uns passos de dança que muito agradaram ao público. Uma grande dose de inovação transfigurou igualmente os passos de baile de uma Maria Serrana em plena forma, temperamental, sensível e com uma grande comunicabilidade para com o público, que mais do que uma vez se levantou das cadeiras em ovação Em "A contratiempo" Maria inova também no cenário, que recorre a uns simples bancos como suporte para se bailar, sentados, os tangos da abertura. Trata-se do único mobiliário em cena, e que a pouco e pouco vai desaparecendo para dar lugar a jogos de luzes. Relativamente a produções anteriores, a directora da companhia renunciou a um argumento neste espectáculo, ainda que seja reconhecível um fio condutor, o encontro entre os dois sexos. [adaptado de Mairena del Alcor] |
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