Monday, February 19, 2007

ETAR da Cachofarra

     Mais uma "dor de cabeça" para a presidente da Câmara de Setúbal: a empresa Águas do Sado, concessionária do abastecimento de água desde 1998, exige o acréscimo da tarifa que a Câmara lhe paga por essa concessão, por causa da entrada em funcionamento da ETAR da Cachofarra. Para além do aumento da tarifa, a empresa exige 3 milhões de euros relativos ao tempo já decorrido desde que entrou em funcionamento (2003).
     É verdade que quando foi feita a concessão, o contrato nada previu quanto à ETAR, pois na altura nem se sabia quando seria construída: só o Fundo de Coesão veio permitir o respectivo financiamento. Depois de construída, o mais lógico seria a sua entrega às Águas do Sado, certamente mais vocacionada para a gestão deste equipamento e, nesse caso, teria de ser negociada uma verba a pagar pela Câmara à empresa. Porém, estranhamente, a Câmara decidiu gerir ela própria a ETAR, o que se traduz em importantes custos com pessoal, energia, etc. Agora que a Câmara possui uma contabilidade analítica, seria interessante saber quanto custa o funcionamento da ETAR.
     Porém, estando a Câmara a gerir o equipamento, não se percebe qual o fundamento da exigência de mais verba por parte das Águas do Sado. O certo é que a Câmara e a empresa andam mesmo desavindas: na notícia da edição de hoje do jornal Público, a directora da empresa acusa a Câmara de vários "incumprimentos", apontando como caso mais grave o de estar à espera da conclusão de um reforço do abastecimento do reservatório do Pinhal das Espanholas, o qual a Câmara vem a dizer, desde há 3 anos, que está "para breve".

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