Nas raízes do Barbárico promontório
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Tomo Terceyro - Tratado VII: Da Comarca de Setubal. [ Biblioteca Nacional ]
«Tem esta Vila onze mil pessoas de comunhão, com quatro praças, que são a do Sapal, a da Anunciada, a do terreiro dos Testos, a da Fonte Nova. Tem feira aos 25 de Julho, e voto em Cortes com assento no banco quarto. Suas Armas são uma Barca entre as ondas cercada de peixes, um Castelo em cima, e dois hábitos de Santiago. As fontes, que a fazem muito amena, e vistosa, são a Fonte Nova, que está na praça, a do Sapal, onde está o corpo da Guarda, a de S. Caetano, que está dentro das muralhas novas, a de Stª. Isabel ao pé da calçada de S. Francisco, e uma soberba fonte no rossio fora dos muros, e dois poços públicos, e grandes, que são o do Concelho, e o das Fontainhas. As pontes que estão dentro da Vila, são a da porta Nova, a de S. Sebastião, a dos Carmelitas. As que saem ao campo, são a ponte de Jesus, a de Santa Catarina, a do Socorro, a da porta de Évora, a do Fidalgo, a do rio Algodeia, e a ponte chamada a Pontinha. É cercada de fortes muros com suas torres, e tem treze portas com vistoso Castelo, de que são Alcaides-mores os Duques de Aveiro, e uma soberba Fortaleza com muita artilharia de bronze, obra d'el-Rei D. Filipe II. Tem um dilatado cais com muitas peças de artilharia, e um admirável porto mui celebrado das Nações estrangeiras, que vêm do Norte a carregar sal, e fazem opulenta esta Vila, a qual é abundante do mais gostoso pescado que há na Europa, e de muita grã, e caça, e a fazem muito fresca as deliciosas hortas e pomares que banha o rio Algodeia.» |
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