Os jardins
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"Os jardins ou a arte de aformosear as paisagens": poema de Mr. Delille [1738-1813]; traduzido em verso por Manoel Maria de Barbosa du Bocage. Lisboa, Na Typographia Chalcographica e Litteraria do Arco do Cego, 1800. [ Biblioteca Nacional ]
Renasce a Primavera, influi, e anima As Aves, os Favónios, Flores, Musas. Que novo objecto à lira os sons me pede? Ah! Quando a Terra despe antigos lutos Nos campos, nas florestas, sobre os montes, Quando tudo se ri, tudo se inflama, De amor, e de esperança, e de ventura, Outro com a fantasia em Febo acesa, Abra os fastos da Glória aos grandes nomes, Num carro fulminante alce o Triunfo, Manche, ensanguente as mãos na taça horrível, Do vingativo Atreu: sorriu-se Flora, Vou cantar os Jadins, dizer qual arte Em terreno loução, dispõem, regula, As flores, a corrente, a relva, as sombras. |
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