Wednesday, April 11, 2007

Os jardins

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"Os jardins ou a arte de aformosear as paisagens": poema de Mr. Delille [1738-1813]; traduzido em verso por Manoel Maria de Barbosa du Bocage. Lisboa, Na Typographia Chalcographica e Litteraria do Arco do Cego, 1800. [ Biblioteca Nacional ]


Renasce a Primavera, influi, e anima
As Aves, os Favónios, Flores, Musas.
Que novo objecto à lira os sons me pede?
Ah! Quando a Terra despe antigos lutos
Nos campos, nas florestas, sobre os montes,
Quando tudo se ri, tudo se inflama,
De amor, e de esperança, e de ventura,
Outro com a fantasia em Febo acesa,
Abra os fastos da Glória aos grandes nomes,
Num carro fulminante alce o Triunfo,
Manche, ensanguente as mãos na taça horrível,
Do vingativo Atreu: sorriu-se Flora,
Vou cantar os Jadins, dizer qual arte
Em terreno loução, dispõem, regula,
As flores, a corrente, a relva, as sombras.
[Mitologia de Atreu]

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