Wednesday, May 09, 2007

Zizi Possi





























































 Disparada 
Zizi Possi
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     "Disparada" foi composta por Geraldo Vandré (letra) e Théo de Barros (música) em 1966, ano em que a canção venceu o II Festival de Música Popular Brasileira da TV Record, com a interpretação vocal a cargo de Jair Rodrigues. Eis a história da canção:
     «Seguido de uma esperança sem fim, Vandré excursionou naquele mesmo ano pelo Nordeste levando a reboque Airto Moreira (do Sambalanço Trio), o violonista e baixista Théo de Barros e o guitarrista Heraldo, que formaram o Trio Novo. Foi durante aquela viagem que ele teve a ideia de escrever um longo poema sobre um vaqueiro que foi boi e que, um dia, “se montou”. Certo do poder de “Disparada”, Vandré mostrou a letra a Théo, que fez a música. Tiveram tempo de inscrevê-la no II Festival. Ambos sabiam do poder daquela melodia — que tinha como título original "Moda para Viola e Laço" — e foi com esse espírito que o grupo empreendeu verdadeira epopeia para concretizar o sonho de cantá-la no certame.
     «Conseguir a sonoridade ideal para “Disparada” transformou-se num tarefa de gincana: a primeira delas era elaborar uma percussão original. Geraldo queria ruído de chicote na música. Tentaram com barras de madeira, mas não soou como ele queria. Então tiveram a ideia de usar uma queixada de burro. Onde encontrar? Acharam uma nas mãos de um músico de Santo André. Tentaram alugar o “instrumento”, mas o homem só aceitava o negócio se ele tocasse a queixada. Para levar, tiveram que comprar o exótico objecto, que seria tocado por Airto na apresentação. Zuza Homem conta que a queixada faz sucesso: era incrível como um instrumento sem ressonância (a “ressonância” ficava por conta dos dentes frouxos da queixada) pudesse fazer um som tão alto. A segunda tarefa: encontrar um intérprete convincente.
     «Todos conheciam Jair Rodrigues como o parceiro de Elis em O Fino da Bossa e acreditavam que ele fosse apenas um sambista nato. Nos bastidores, o pessoal da produção do programa sabia, porém, que Jair era um rapaz do interior, e que até ensaiava algumas modas de viola. Foi então que sugeriram seu nome para cantar “Disparada”. No começo, foi uma briga para fazer com que Rodrigues fosse o escolhido. Era Vandré quem queria cantar. Solano Ribeiro insistiu: queria um cantor. “Quem?”, perguntou o compositor. Falou em Jair. Geraldo não quis saber. Disse que ele era sambista, e não tinha nada a ver. Solano explicou que via Jair pelos estúdios, sempre cantarolando modinhas sertanejas. Então Vandré e Théo foram pessoalmente falar com ele. Foram enfáticos: “Você tem que cantar a música sério, hein? Ela é muito importante para nós”. Para quem conhecia Jair cantando “Menino das Laranjas”, foi difícil acreditar que era ele, seriíssimo nos ensaios, a declamar a primeira parte, concentrado: “Prepare o seu coração/Para as coisas que eu vou cantar/Eu venho lá do sertão/Eu venho lá do sertão/E posso não lhe agradar”. Solano fez Jair passar a música para o Vandré. Após a audição, não havia qualquer rasto de dúvida.»

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