Cinco livros [4]
Os manuais básicos de Economia deveriam parecer-se todos uns com os outros, e é o que em geral acontece, mas há excepções. Para o seu manual de 1985 o americano Edmund S. Phelps (Nobel da Economia em 2006) arrumou a matéria recorrendo a analogias arquitectónicas. Assim, o modelo simples de transacções económicas entre duas pessoas é classificado como Economia Gótica, que se transforma em Economia Barroca no modelo multilateral. Evidentemente, também há uma Economia (e uma Arquitectura) Clássica. Já Marx e as teorias "de esquerda" são classificados como "rebeliões Românticas".
Para além dos habituais gráficos cartesianos, o livro inclui ainda desenhos de arquitectura que ilustram os diversos estilos, e a capa resume tudo numa grande confusão de edifícios emblemáticos, onde se reconhecem o Partenon, a basílica de S. Pedro, a capela de Ronchamp, o Empire State Building, o Museu Guggenheim, o arco Gateway e a ópera de Sidney, entre muitos outros.
Para o capítulo dedicado à hipótese do desequilíbrio colocada por alguma da moderna teoria económica, Phelps escolheu a "Indeterminate Façade", de James Wines (um edifício comercial de Houston cuja fachada parece estar a ruir: ver imagem). No entanto, talvez a contemporaneidade da Economia pudesse ter sido melhor representada pelos dois edifícios mais altos do desenho da capa: as Torres Gémeas de Nova Iorque.
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