Saturday, September 15, 2007

Bocage vai à guerra

Bocage

     Eu me ausento de ti, meu pátrio Sado,
     Mansa corrente deleitosa, amena,
     Em cuja praia o nome Filena
     Mil vezes tenho escrito, e mil beijado.

     Nunca mais me verás entre o meu gado
     Soprando a namorada e branda avena,
     A cujo som descia mais serena,
     Mais vagarosa para o mar salgado.

     Devo enfim manejar a lei da sorte,
     Cajados não, mortíferos alfanges
     Nos campos do colérico Mavorte.

     E talvez entre impávidas falanges
     Testemunhas farei da minha morte
     Remotas margens, que humedece o Ganges.

Bocage

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