Leão
[ clique para ampliar ]
Casa do Leão- Av. Luisa Todi
«Os industriais e agricultores erguem também os seus lamurientos protestos. [...] Em Setúbal, por exemplo, nas suas vinte fábricas de conservas alimentícias, prepondera o agente francês. O setubalense, que não acreditou o seu produto lá fora, no momento do fracasso da sardinha de Nantes, preferindo ajustar-lhe este rótulo, vê-se hoje em complicados embaraços. [...] A verdadeira crise, srs. comerciantes lusos, anicha-se nas vossas mioleiras; a verdadeira crise, colegas artífices, esconde-se nas jeropigas que bebeis; a verdadeira crise, srs. governantes, acouta-se na incurável imbecilidade que os enxorna e engorda!»Fran Paxeco - "O Sangue Latino"
(Ed. Lisboa - 1897 - pp. 65/66)
Eu me ausento de ti, meu pátrio Sado, Mansa corrente deleitosa, amena, Em cuja praia o nome Filena Mil vezes tenho escrito, e mil beijado. Nunca mais me verás entre o meu gado Soprando a namorada e branda avena, A cujo som descia mais serena, Mais vagarosa para o mar salgado. Devo enfim manejar a lei da sorte, Cajados não, mortíferos alfages Nos campos do colérico Mavorte. E talvez entre impávidas falanges Testemunhas farei da minha morte Remotas margens, que humedece o Ganges. Bocage |