Friday, September 29, 2006

S.Paulo


Convento de S. Paulo - fotografia de Silvertree
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       A zona de S. Paulo, com os seus dois conventos em ruínas e zona verde constitui um dos poucos espaços naturais de Setúbal capazes de funcionar como um parque verde para a prática de desporto, passeio, visitas pedagógicas, etc. Grande parte da Quinta de S. Paulo foi adquirida pela Associação de Municípios do Distrito de Setúbal (AMDS), aproveitando uma operação urbanística que a trouxe à propriedade da Câmara Municipal de Setúbal, que depois a vendeu à AMDS.
       Apesar das expectativas criadas no sentido de equipar aquele espaço para uso da população, continua tudo na mesma: existe um pequeno Parque de Merendas, o acesso aos conventos encontra-se condicionado, com os velhos caminhos a serem tomados de assalto pelas silvas. Apenas um pequeno número de Setubalenses ali se dirige durante os fins-de-semana, em grande parte dos casos apenas para fazer limpezas às viaturas. O desporto ali praticado resume-se a partidas de futebol amador num campo improvisado. Também é verdade que, se mais viaturas se dirigissem para ali, não haveria estacionamento em condições para as acolher. A AMDS utiliza a zona da quinta agrícola apenas para reuniões de trabalho.
       Em Setúbal têm-se perdido muitas oportunidades para desenvolver a transição e a acessibilidade entre a cidade e o campo envolvente. Os casos mais chocantes foram, sem dúvida, a autorização da construção de edifícios no topo poente da Avenida Luísa Todi, bem com a monstruosa vedação construída em torno do Convento de S. Francisco, em ambos os casos impededindo o acesso natural da cidade à Arrábida. No caso da zona de S. Paulo não se trata tanto de destruição de uma oportunidade, mas mais do seu desaproveitamento. Deveriam ser criadas condições para o acesso e estacionamento de automóveis àquela zona mas, sobretudo, deveria investir-se no acesso pedonal e por bicicleta. Deveriam ser criados e mantidos circuitos pedonais e ciclovias na zona verde, bem como centros de interpretação da vegetação natural e dos conventos ali construídos. A AMDS, actualmente sob a forma de Associação de Municípios da Região de Setúbal, tem a obrigação de o fazer, mas os setubalenses têm, também, o dever moral de o exigir e apoiar.

Quinta de S. Paulo - Setúbal Quinta de S. Paulo - Setúbal Quinta de S. Paulo - Setúbal Quinta de S. Paulo - Setúbal Quinta de S. Paulo - Setúbal
Quinta de S. Paulo - Setúbal Quinta de S. Paulo - Setúbal Quinta de S. Paulo - Setúbal Quinta de S. Paulo - Setúbal Quinta de S. Paulo - Setúbal
Quinta de S. Paulo - 7 de Maio de 2006[ clique para ampliar ]

Olhares


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Olheiros de Setubal: Encontro Internacional de Olhares de Setúbal, nos passados dias 23 e 24 de Setembro.

Thursday, September 28, 2006

Percursos - Serra do Louro

Palmela
Desenho de sambinha's.

O percurso tem início em Palmela, numa azinhaga que percorre a crista da Serra do Louro; deve segui-la até à Portela (Casal do Moinho Velho), altura em que desce para o Vale de Alcube, onde tomará a estrada do Vale de Barris, em direcção a Palmela. Na maior parte do percurso o piso é de terra batida, com algumas subidas e descidas íngremes. O último troço da estrada do Vale de Barris é alcatroado.

No início do percurso verá os Moinhos do Casal de Sto. Isidro. Interessantíssimos exemplares de arquitectura popular e testemunhos de uma actividade tradicional quase esquecida, os dois moinhos, abandonados durante meio século, foram recuperados em 1996, produzindo desde então pão caseiro (de fabrico tradicional e biológico) num forno de alvenaria, alimentado a lenha e rama de pinheiro.

Na crista da Serra do Louro, aproximadamente 200m a seguir aos moinhos, encontrará, do seu lado esquerdo, o povoado fortificado de Castro de Chibanes. Apresenta vestígios de materiais do Calcolítico, Bronze Final e Ferro; teria sido habitado entre os sécs. III e I a.C. Chibanes comporta-se, pois, como um notável lugar da História. Neste sítio foram erguidos os dois castros que antecedem o castelo do período islâmico e medieval cristão do morro de Palmela. O espólio encontra-se no Museu Nacional de Arqueologia.

Continuando o trilho, encontrará o povoado do Alto da Queimada. Este sítio arqueológico está situado no ponto mais alto da Serra do Louro, com altitude de 224m assinalado com um marco geodésico. Trabalhos arqueológicos mostram que este local teve, pelo menos, ocupação desde o Período Romano até ao séc. XI da nossa era.

Seguindo sempre o trilho a direito, verá os Moinhos da Quinta do Anjo, exemplares semelhantes aos anteriores, mas em pior estado de conservação. Continuando a sua caminhada, chegará ao Cabeço das Vacas, onde deverá seguir o trilho pela sua esquerda, entrando numa zona de extensos pomares e vinhedos que fizeram a fama da Quinta do Anjo.

Passará pelo Moinho da Fonte do Sol, ocupado provavelmente desde o Neolítico Final, com ocupação plena no Calcolítico. Possui um espólio notável de cerâmica campaniforme do grupo de Palmela que se encontra no Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal. Ao chegar ao Casal do Moinho Velho tomará o trilho da esquerda com uma descida suave em direcção ao Vale de Alcube. Este topónimo tem origem árabe (Al-Qubba) – significa “pequena ermida”.

Seguindo agora o trilho em direcção a Palmela, irá dar ao Vale de Barris. O caminho é agora alcatroado e verá um pouco mais adiante à sua direita um morro com uma linda capela de traçado popular, é a capela de Nossa Senhora da Escudeira, palco de uma tradicional e concorrida romaria em meados de Agosto.
Alternativa 1 – Seguir o trilho que parte da Serra do Louro e segue para a Quinta do Anjo, onde tem a possibilidade de regressar de transporte público para Palmela).
Alternativa 2 – Ao chegar à Portela (Casal do Moinho Velho), tome o caminho que segue pela direita, irá sair em Cabanas, onde poderá tomar transporte público para Palmela ou Azeitão.
Alternativa 3 – Ao chegar ao Vale de Alcube, tome o caminho da direita, passando pela Quinta de Alcube e seguindo até ao Alto das Necessidades, podendo aí apanhar transporte público para Setúbal.
Fotografias do Flickr: | Serra do Louro | Alcube |

A Serra do Louro é uma zona de afloramento de calcários que proporciona uma flora distinta da existente na restante área do Parque Natural da Arrábida, rica em interessantes plantas da flora mediterrânica. A pastorícia pelos rebanhos de ovelhas da aldeia da Quinta do Anjo também tem contribuído para esta especificidade botânica.

Neste percurso poderá recuar na história e testemunhar o modo de vida das populações anteriores, através de um importante conjunto de achados arqueológicos. Por aqui passaram povos dos períodos neolítico, romano, muçulmano até à actualidade como testemunham as ruínas de muitos povoados pelo alto da Serra do Louro. Por aqui são também visíveis os muito mais antigos bancos de corais e ostras fossilizadas, vestígios de eras em que todo este território se encontrava debaixo do mar.

Adaptado do Jornal Público
Fotografias de Moinhos Vivos

Coincidências a mais...

«Durante a minha estadia, o Presidente da Câmara de Setúbal demitiu-se; o Vitória de Setúbal "levou" três do Futebol Clube do Porto, perdendo assim a supertaça; nasceu um golfinho no estuário do Sado, e puseram-lhe o nome de "Tongas"; e esgotou o "Chocapic" no pequeno-almoço do hotel. Ainda não está provado que qualquer um destes incidentes tenha sido provocado por mim, mas assim como assim, durante uns tempos não saio de casa.»

M.F. in Indiscreto

Wednesday, September 27, 2006

Fim de tarde


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Agostinho da Silva

«Porque, no fundo, eu confio que o mundo não possa ser ilógico, não possa estar mal organizado, que as coisas sucedem por qualquer motivo. Como quando chego ao fim de um cálculo matemático, se ele não dá certo, alguma asneira fiz pelo caminho - multipliquei mal, somei mal alguma fracção, alguma coisa fiz. E, portanto, se algo me sucede na vida que seja realmente mau, que atrapalha tudo - em alguma coisa errei na minha maneira de ser e só me convém e compete reflectir sobre isso para ver se para o futuro não faço nada semelhante, sempre achando que posso fazer, que não tenho imunidade nenhuma. Tenho de ser ao mesmo tempo um ser forte com a noção exacta da minha fragilidade.»

Agostinho da Silva
in "Vida Conversável"


Colóquio/Debate
30 de Setembro de 2006
Biblioteca Municipal de Sesimbra

Participantes: | António Cândido Franco | António Telmo | Joaquim Domingues | Jorge Preto | Luis Paixão | Manuel Ferreira Patrício | Nicolau Saião | Paulo Alexandre Borges | Pedro Sinde | Ruy Ventura |


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Fotografia de Eduardo.


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Fotografia de Rui Daniro

Tuesday, September 26, 2006

     Da China ao Gueto

     «Vai uma pessoa ao Pavilhão Chinês, um dos melhores bares de Lisboa (para mim o melhor), desfrutar daquele ambiente requintado mas descontraído, museológico mas divertido, coisas de local histórico, bem frequentado e único no mundo, para depois voltar ao burgo sadino e acabar no forno da pastelaria Vitória?!
     «Não, isto não é vida!
     «Poderia reconfortar-me o ânimo saber que por terras de Setúbal existe um La Bohéme, bar igualmente típico, não tanto à moda antiga em certos aspectos, mas acolhedor e amante de boas conversas noite dentro. Só desfaleço nesse reconforto quanto ganho noção de que mais não passa de uma rasca imitação do seu congénere da Capital, ainda para mais com não menos rasca clientela, numa cidade que também ela se enrascou no tempo, parou, estagnou… morreu.
     «Conversava ontem, junto às mesas de jogo do Pavilhão, que as margens do Rio Tejo separam dois mundos completamente diferentes. Basta ir ao Almada Fórum, como fiz antes de entrar em Lisboa, para notar essa realidade. E não se trata tanto de estrato social, mas do modus vivendi da cultura de gueto que se gerou a partir de Almada. Quem passa a Ponte Salazar em direcção a Sul entra em realidade distinta da vivida a Norte. São terras pequenas, habitadas por gente pequena, com níveis culturais e sociais pequenos, tendencialmente de esquerda comunista. Não lêem jornais que não sejam os paroquiais, não ouvem musica que não seja a “comercial” e não conversam para além do mexerico de bairro. Para descontrair vão fazer o “avio” do mês ao Pingo Doce mais próximo ou dar umas voltas com os dreads da zona pelos mil e um fóruns comerciais que existem, dos quais só Setúbal, a capital de distrito, não mereceu um. Enfim, um mundinho que se criou entre o Tejo e o Sado no qual não me revejo de todo mas tenho de ir aguentando enquanto não posso fugir.»
[...]

in O Estado do Tempo

     Bonfim

     «Acho que não é só a mim que irrita o anúncio da Sara Tavares a cantar numa janela a propósito de um banco. É da música ou das trancinhas, não sei bem.
     «Depois, parece-me que ela canta «Bonfim», e que ali é que vai ser feliz, o que me faz sempre ficar à espera de ver o plano a abrir e ela a morar no estádio do Vitória de Setúbal.»

in Ensaimada

Autonomia das escolas contra violência e insucesso

     «A ministra Maria de Lurdes Rodrigues anuncia hoje quais as escolas com as quais vão ser celebrados contratos de desenvolvimento, com o objectivo de combater os problemas de segurança e as carências sociais e educativas. São 32 escolas – 18 na Grande Lisboa e 14 no Grande Porto –, situadas em meio social difícil nos grandes centros urbanos. O apoio passa pelo financiamento à contratação de psicólogos, assistentes sociais e professores, a nível local, além do reforço policial com o Programa Escola Segura.»

     Entre as escolas abrangidas encontra-se a EB 2,3 da Bela Vista, em Setúbal.

Adaptado do blogue Professoras Desesperadas

Monday, September 25, 2006

A "renaturalização" do largo José Afonso

Parque José Afonso
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O parque José Afonso, anteriormente designado Parque das Escolas, já foi um grande jardim de Setúbal, no estilo romântico do Jardim do Bonfim. Desse tempo já quase tudo desapareceu, restando apenas o "lago" rodeado de grandes árvores. As obras feitas recentemente naquele espaço pretendiam restituir-lhe a dignidade de antigamente, mas esse objectivo parece ainda longe de ser atingido.


 Auditório e torre de apartamentos

Na sua versão original,o projecto previa a construção de um grande parque de estacionamento subterrâneo, à semelhança do que tem sido feito em numerosas outras cidades portuguesas. A Câmara não tinha dinheiro para tal obra, e por isso tentou que alguma empresa privada assumisse a construção e o risco financeiro associado. Para tornar o negócio mais apetecível juntou-se-lhe um outro parque de estacionamento, junto ao Hospital, supostamente mais rentável - mas não apareceram interessados e a ideia foi abandonada.

Restou o emblemático auditório com o seu imponente arco, que se parece enquadrar bem na paisagem urbana e faz atenuar, tanto quanto é possível, a fealdade da grande torre de apartamentos construída na junção do Largo com a Avenida. Os setubalenses não parecem morrer de amores pelo auditório, mas creio que, com o tempo, acabarão por se apaixonar.


     O lago "romântico"

O resto da obra resumiu-se a cobrir o largo com empedrado e lajes, deixando ainda grandes zonas com areia. Mas o principal problema parece residir na manutenção. O lago, que mantém ainda a sua forma original de espaço "natural" adornado com rochas - decoração que agora não liga lá muito bem com o resto - foi equipado com iluminação sub-aquática, mas tratou-se de dinheiro "deitado à água": mantém-se seco e as ervas estão a tomar conta do espaço envolvente.


     Mais "natural" é impossível

A entropia parece estar dominar este espaço. As ervas reclamam o regresso às origens, e o empedrado está a desfazer-se, literalmente, com a areia a retomar o seu antigo território.

As festas populares que ali têm sido realizadas contribuiram para arrancar muitas das pedras, mas também há problemas estruturais: a base de areia que lá foi colocada é inadequada para segurar as grandes superfícies de empedrado. A Câmara, agora, diz que quem tem de resolver o problema com o empreiteiro é a SetubalPolis, por ser a "dona da obra". Pode parecer estranho este empurrar de responsabilidades, pois a Câmara sempre se identificou com a SetúbalPolis, cuja Administração efectivamente controla. Trata-se, provavelmente, de um sinal das novas orientações políticas, após o render da guarda na presidência da Câmara.

A atitude que a renovada Câmara vier a ter perante o Largo José Afonso poderá ser um bom indicador da sua capacidade política e da sua eficácia. Para já, estas declarações da presidente da Câmara na última reunião pública da autarquia, acerca do empedrado solto, citadas pelo Jornal de Setúbal, soam a algo muito estranho: «Mandámos para lá uma equipa e não sei porque é que isto ainda se mantém.». Não é um tipo de palavras que seja usual ouvir a um responsável autárquico, pois dão a ideia de que não se controla a situação. Mas o tempo dirá.

Miss


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«Já ninguém liga às Misses e ao Festival RTP da Canção. A Sara Leite foi eleita num jardim que ficava nas traseiras de um hotel em Setúbal e para concorrer a Miss Mundo na Polónia teve que ir sem comitiva e com o seu próprio dinheirito. Parece que a Sara é boa rapariga e entrou este ano para Medicina.» [O Piolho da Solum]
Nota: Sara Leite mantém o blogue Princesa Des.Alento.


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Fotografia de antosousa

Sunday, September 24, 2006

[...] «divertimo-nos, sim. acho que sim. não tanto como estar em setúbal, ir ao baco passar a noite toda com todas as pessoas com quem passo a noite toda há dez anos. não tanto como estar no arroz doce a beber aquela sangria que parece já viver no jarro desde que o mundo é mundo. e saímos do baco, lá para as três ou assim, e vamos para o adn, onde já vamos desde que somos gente e vamos dançar as mesmas músicas, quase ao ponto de sabermos o que o zé pescador vai tocar a seguir e aí sim somos felizes e felizes até ao sol raiar. antigamente fechava mas já há anos que se fecha, fecha depois de eu fechar os olhos, sempre seis da manhã e eu a pensar no avião que tenho que apanhar daí a umas horas, não sei porquê mas é sempre esse o caso.»

SG Ventil em Dois cafés e a conta


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Fotografia de António Correia

Saturday, September 23, 2006

Do melhor peixe do mundo

Setúbal
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O blogue 'Faz Tudo' divulga algumas fotos tiradas em Setúbal e «recomenda aos passantes que não esqueçam que naquela terra simpática se come do melhor peixe do mundo!». E é verdade!

Portugaises

     «Em 1868 dá-se um curioso episódio marítimo, que além de ter feito história, deu o seu contributo para as ciências naturais e, para a alimentação dos europeus. O navio Morlaisien, para escapar a uma tempestade, sendo apanhado por esta numa travessia com ostras de Setúbal importadas por França a Portugal, refugia-se nas tranquilas águas do Sul de Bordéus. Tendo escapado da tempestade, a carga não sobreviveu, porque o tempo fez das ostras cadáveres. O Capitão acabou por atirar as ostras borda fora, dado o facto de estarem impróprias para consumo.
     «A verdade é que nem todas estariam mortas e, estas que permaneceram vivas começaram a reproduzir-se a uma velocidade muito superior às nativas de Arcachon. Os franceses carinhosamente apelidaram-nas de les portugaises, imortalizando o episódio e, as ditas ostras.
     «Com a ajuda de uma epidemia animal (vírus) e com o fim da primeira Grande Guerra, as ostras francesas quase foram dizimadas, tendo as portuguesas de Arcachon sido as Rainhas da mesa até 1966, altura em que os vírus encontraram o caminho até às nossas ostras. O negócio português foi ao fundo. Com o tempo, as coisas recompuseram-se, mas durante anos e anos as nossas ostras foram afastadas e proibidas na fausta culinária francesa.
     «O que a natureza tem de bom, é que sempre cuida das suas preciosidades. E como quem não quer a coisa, sarou o mal das ostras. As portuguesas encontram-se entre as mais genuínas e apaladadas do mundo! Orgulhosos? Muito! Existem actualmente novas e saborosas formas de cozinhar e preparar as ostras, mas o que realmente importa é que a produção de ostra nacional terá novamente assento em Paris, dia 5 de Outubro (coincidência de datas bastante curiosa?), sendo dadas a degustar ao público mais exigente.»

do blogue Puro Veneno

Docinho de Mel - correcção

Um leitor chamou-nos a atenção para o facto de as alterações na pastelaria Docinho de Mel, referidas numa entrada anterior, [ver aqui] serem temporárias. A zona que foi encerrada encontra-se em obras e a área interior será mesmo aumentada relativamente ao que existia antes, e ser-lhe-ão acrescentadas novas funcionalidades. É uma boa notícia e agradecemos a informação.

Azulejo


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Do blogue Os Meus Queijinhos.

Friday, September 22, 2006

Modelismo Náutico

Jardim da Algodeia - clique para ampliar

Durante o fim-de-semana (dias 23 e 24) vai ter lugar no Jardim da Algodeia, em Setúbal, o PTNAUTICMODEL, com modelos de barcos, tanto em exposição como a navegar nas águas do lago. O programa pode ser consultado aqui (ficheiro pdf).

Mosquitos

«Ontem o treino foi interrompido mais uma vez pela maldição dos mosquitos. Deu-se o aquecimento e os mosquitos de seguida invadiram o maravilhoso relvado do Complexo Municipal de Setúbal. Fez-se uma paragem, e depois da evacuação desta espécie, os jogadores voltaram a treinar, em que estes rondaram os 40, o que significa que o rugby sadino está a crescer e é excelente. Continuou-se a jogar bom rugby até ao fim do treino com imensa garra e agressividade.»

Rugby Sadino

Avenida Luisa Todi



A noite ...

O charme do cherne

     «Na altura a cidade [de Setúbal] era pobre, tristonha, hoje tem a faca e o queijo nas mãos para cativar todos os turistas do mundo. A cidade tem força e beleza, impressionantes são a largura do rio, Tróia, a fortaleza (agora uma Pousada, onde os turistas se sentam no muro antigo para tirarem fotografias) as praias próximas, o porto de pesca, formosos são os restaurantes de qualidade alta. Mas do que gosto mais do que tudo é do charme do mercado municipal. Grande, popular, lindo e exótico, os frutos e queijos frescos, os peixes de cores bonitas e principalmente o grande movimento e a algazarra têm-me influenciado muito.
     «As lojinhas, do tamanho dum cubículo, têm expostas as suas mercadorias duma maneira muito atraente e cheira bem, eu também não posso resistir a comprar na queijaria alguns queijos de cabra. A senhora, com vozeirão e queixo a dobrar, confirma a durabilidade deste produto láctico. Nas peixarias vejo os peixes deitados de lado com diferentes cores e tamanhos, um prazer para os olhos.»

Patrick, um burguês de Antuérpia que
adora a sua cidade e ama Portugal

Contact Center

O ministro da Economia inaugurou ontem o "Contact Center Teleperformance de Setúbal", um investimento de 2,1 milhões de euros e que é o segundo do grupo francês em Portugal: há um outro a operar em Lisboa desde 1997. Esta unidade destina-se a prestar serviços de alto valor acrescentado, como apoio ao cliente, “help desk”, estudos de mercado, telecobranças. Programas de aquisição, fidelização e crescimento de clientes para empresas nacionais e internacionais, utilizando sofisticadas soluções tecnológicas e recursos humanos qualificados, constituem outras valências do Contact Center de Setúbal.

O Administrador Delegado da Teleperformance Portugal, João Cardoso, afirmou que a opção por Setúbal ficou a dever-se à existência de mão-de-obra qualificada, boas infra-estruturas de telecomunicações, acessibilidades e proximidade de Lisboa: “A plataforma de Setúbal está suficientemente próxima de Lisboa para ser visitada pelos parceiros e suficientemente afastada para não sofrer a concorrência dos outros ‘contact centers’ da capital”.

[A partir de notícias dos jornais Público e Setúbal da Rede.]

Thursday, September 21, 2006

Comenda


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Fotografia do blogue "Manhãs com o Manel".

O elo mais fraco

     «Conheci o Hélio há mais de dez anos. É daquelas pessoas de que se gosta ao fim de cinco minutos: é directo, objectivo (brutalmente objectivo, diria mesmo) e move-se por paixões. A dele - vá lá compreender-se porquê - é o Vitória. Não é do Sporting, do Benfica ou do FC Porto. É do Vitória.
     «Um dia, o Hélio contou que tinha alguma pena de não ter aceite os convites do Benfica (no último ano de júnior) e do Sporting (no segundo ano profissional). Não viajara para Lisboa, onde seguramente consolidaria a carreira e a carteira, porque o pai não suportaria vê-lo jogar com outra camisola. Em Setúbal, nascera. Em Setúbal, morreria desportivamente.
     «No Vitória, tornou-se rapidamente capitão. Subiu e desceu de divisão sempre de verde e branco. Ganhou uma Taça de Portugal que, perdoem os benfiquistas, mereceu mais do que ninguém. Acabou a carreira como a maior figura do futebol do Vitória depois do JJ.
     «No ano passado, convidaram-no para o lugar do morto deixado vago por Norton de Matos em face da vergonhosa crise financeira do clube. Cego, aceitou de pronto e sem condições prévias. "Ao Vitória não se diz não", disse.
     «Este ano começou mal. O plantel é limitado, a tesouraria está vazia, a direcção do clube está de mãos atadas depois da demissão do presidente da Câmara, que segurou o barco nos últimos tempos.
     «Em face de duas derrotas e um empate, o Vitória prescindiu rapidamente do Hélio. Dizem os jornais que ele escutou a notícia, juntou os objectos pessoais num saco de plástico e voltou para casa em lágrimas. A carreira do Hélio como treinador acabou ontem, estou certo.
     «Acreditem os setubalenses, porque vem de um adepto de um clube que trata tão mal ou pior as suas lendas: o Vitória não podia ter sido mais ingrato!»

Bulhão Pato em "Mãos ao ar"

Moscatel retorna ao Brasil

Moscatel de SetúbalLuciana Froes«Comecei o meu dia falando de vinho. Fui tomar café da manhã com o produtor português António Soares Franco, da Vinícola José Maria da Fonseca. Se você, assim como eu, não associou o António nem o José Maria a garrafa alguma, estamos mesmo por fora. É que por trás dos dois nomes tem um outro que vale ouro: Pi-ri-qui-ta. Percebeu? Vinho Piriquita, o mais consumido no Brasil, da Amazónia ao Rio Grande do Sul. São mais de 200 mil caixas por ano do vinho, do tipo Clássico, Tinto Superior e o Branco.

«A mesma vinícola José Maria da Fonseca está trazendo de volta ao Brasil o Moscatel de Setúbal, que já foi um clássico entre nós. No governo Getúlio, viveu seus momentos de glória, quando 90% da produção de Setúbal vinha pro Brasil. Mandavam 40, 50 mil caixas por ano. Depois, saiu de cena. E quase que a vinícola quebrou.

«Pois agora está de volta e com tudo. Nossa café da manha, com o marzão de Ipanema lá embaixo, lindo!, girou em torno do Setúbal e de todas as suas ligações com o Brasil. Em 1850 a Vinícola José Maria Fonseca já mandava exemplares para nós. [...]»

Luciana Fróes no Jornal Globo
11 de Setembro de 2006

Jardim de Vanicelos (IV)

Jardim de Vanicelos - Setúbal
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Texas


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O sadino Zizu (Miguel Isidro), juntamente com o açoriano Açor, estão no Texas, na base aérea de Laughlin, próximo da cidade de Del Rio, a participar num curso avançado de piloto de aviação. Sobre a sua experiência vão mantendo o blogue Para lá de Setúbal...para lá dos Açores....

Túneis


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O blogue Hamlet fez referência aos "túneis" da estrada da Figueirinha, sobre os quais tem uma opinião positiva. Apresenta ainda várias fotografias dos mesmos num foto-blog.

Wednesday, September 20, 2006

Importuna Razão

Bocage

     Importuna Razão, não me persigas;
     Cesse a ríspida voz que em vão murmura;
     Se a lei de Amor, se a força da ternura
     Nem domas, nem contrastas, nem mitigas;

     Se acusas os mortais, e os não abrigas,
     Se (conhecendo o mal) não dás a cura,
     Deixa-me apreciar minha loucura,
     Importuna Razão, não me persigas.

     É teu fim, teu projecto encher de pejo
     Esta alma, frágil vítima daquela
     Que, injusta e vária, noutros laços vejo.

     Queres que fuja de Marília bela,
     Que a maldiga, a desdenhe; e o meu desejo
     É carpir, delirar, morrer por ela.

Bocage

Antecipação

montra da Livraria Antecipação, Setúbal
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Livraria Antecipação – Rua Augusto Cardoso
Montra de homenagem a Bocage.

Feio


«Na minha opinião, Hélio foi injustiçado. Pouco depois de uma final da Taça, duas derrotas para a Liga e uma derrota na UEFA (pelo simples facto de não ter um jogador que custou 4,5 milhões de euros, Afonso Alves, talvez seja esse o orçamento do Vitória para este ano), foi despedido. Feio, feio, perante tamanha dedicação ao clube.»

master kodro no blogue 442

Tuesday, September 19, 2006

 
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Graffiti stencil na Baixa de Setúbal

Cinema


Cinema Charlot
dias 21 a 27 de Setembro
21h30
(S/D também às 16h)
 Voo 93
Realizador: Paul Greengrass

Género: drama
A história dos passageiros e tripulação, das suas famílias em terra e da torre de controle que presenciou o crescente terror no vôo 93 da United Airlines, o quarto avião sequestrado no dia 11 de Setembro de 2001.


Forum Luisa Todi
dia 25 de Setembro
21h30
 Stoned - Anos Loucos
Realizador: Stephen Woolley

Género: biografia
Ascensão e queda de Brian Jones, criador dos Rolling Stones
Com Brian Jones, Frank Thorogood, Tom Keylock, Keith Richards e Anna Wohlin.


Forum Luisa Todi
dia 26 de Setembro
21h30
 A Casa da Loucura
Realizador: David Mackenzie

Género: romance, thriller
Quando o seu marido Max assume o cargo de Superintendente de um hospital psiquiátrico, Stella Raphael e o seu filho Charlie são forçados a mudar-se para a vizinhança do remoto asilo. Stella é rapidamente atraída por um carismático paciente, Edgar Stark.

Programação: Festroia